sábado, 31 de julho de 2010

Leituras


Este livro retrata a época vitoriana, oscilando entre divertido e o triste, pois por vezes deixa-nos um sorriso nos lábios, outras uma ruga na testa. Uma jovem de quinze anos, torna-se criada, de uma mansão rural mas como, contra todas as regras da época, sabe escrever e ler, a patroa pede-lhe para relatar, num diário o seu dia a dia. A partir daqui desenvolve-se uma trama, que tem um desfecho surpreendente.
Uma boa leitura de férias!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aniversário do meu querido A.


Para ti meu amor, meu amigo, um próximo ano tão bom, como os anteriores.
Mil abraços e uma chuva de beijos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Hoje


Hoje vamos namorar, para a beira-mar! Caminhar na babugem, molhar os pés, sentar na areia, ler uma revista, almoçar na esplanada. Sorrir e ficar a olhar sol, a cair no horizonte.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

No Verão


Gosto muito do Verão, é a minha estação do ano preferida. Gosto de dias quentes e ensolarados, gosto de estar sentada na nossa esplanada ao fim da tarde, a observar o pôr-do-sol. O que não gosto, é de ver durante todo o dia, os helicópteros a passarem para cá e para lá, a acudirem aos diversos incêndios que grassam aqui na zona. Todos os anos por esta altura, é o mesmo: o horizonte fica enevoado, o cheiro a queimado é uma constante, as pessoas ficam alerta.
Admiro-me como ainda há mata para arder, como o Minho ainda permanece tão verde!

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mimos II


Já referi aqui que as minhas queridas Sílvia e Isabel, me mimam todas as semanas. A semana passada a Isabel, quis que eu experimentasse uma novidade, nas minhas unhas: verniz de gel. Não, não são unhas de gel, é mesmo só verniz de gel, que aparentemente dura três a quatro semanas, sempre impecável. A experiência até agora tem sido muito positiva, pois passado uma semana, as unhas continuam lindas, sem um risco sequer. Gosto de mãos cuidadas, mas retocar de três em três dias o verniz, é um pouco cansativo. Vou ver quanto tempo dura este vermelho Verão.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ó Gente...


Ó Gente da minha terra, agora é que eu percebi, esta bondade que trago, foi de vós que a recebi.
E pareceria ternura, se vos deixásseis embalar, vinde aqui à Maria alguns livros licitar!
(Adaptação livre, do poema de Amália)

domingo, 25 de julho de 2010

Amigos


Por vezes sinto falta dos amigos que por circunstâncias diversas, se afastaram ou se foram perdendo, pelos caminhos da Vida. Esta noite, sonhei com alguns deles e acordei com saudades.

sábado, 24 de julho de 2010

Caça e pesca


Hoje vamos ali a Ponte de Lima que o meu querido A. é um caçador, de longa data. Mas um caçador, com C maiúsculo, como todos o deveriam ser, que respeita a natureza, preocupa-se com a sustentabilidade das espécies, ecologicamente responsável. Tenho para mim, que o que ele gosta mesmo é do ambiente das montarias, do passeio, do convívio, dos almoços, pois em três anos, nunca disparou uma única vez.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Oh gente que aqui cai, vinda do blog do Capitão...


Oh gente que aqui cai, vinda do blog do Capitão...(esta frase copiei da Dorushka)é que os passeios às vezes, acabam ali no quintal... É que isto de se ser Turista Acidental, tem que se lhe diga!

Fui à terra


Nestes dias em que estive fora, fui à terra.
Na praia da minha infância e adolescência, avistei milhares, mesmo milhares de pessoas. Quando me aproximei, verifiquei serem crianças, com chapéus ou bonés de todas as cores, de ATLs e colégios, que ali estavam com os seus monitores e que tinham transformado o imenso areal, num recreio gigante, onde o burburinho era constante.
Na fila da caixa multibanco encontrei, o fadista Camané. Comi caracóis, na mesa ao lado do Francisco José Viegas.
Os passeios deixaram de pertencer aos peões e estão transformados em parques de estacionamento e até em cima das passagens pedonais, se estaciona.
As pessoas continuam bonitas, bronzeadas e vestem-se de uma maneira casual chic.
Revi familiares e alguns amigos, outros não, que a vida essa, continua a viver-se a mil à hora.
O pôr-do-sol, esse, continua o mesmo de sempre.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Amália Hoje


Amália é um símbolo da nossa Portugalidade e os poetas que cantou, são incontornáveis. No entanto, nunca fui uma Amaliana; a sua melancolia, fatalidade e desagrado pela vida, sempre me incomodaram, um pouco.
Gostei desde o princípio, deste projecto que juntou músicos de áreas tão diferentes e deu novas roupagens, aos fados da Amália.
Vi-os pela primeira vez em Vila do Conde e ontem estiveram no Theatro Circo, com casa esgotada, cumplicidades em palco e aplausos infindáveis.
Cá em casa, toca o último álbum deles, que na capa tem os autógrafos dos quatro,
Obrigado Sónia, Fernando, Nuno e Paulo.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Obrigado


A todos os amigos que aqui deixaram uma mensagem de apoio e carinho, para a minha mãe, os meus agradecimentos. A operação correu muito bem, a recuperação tem sido fantástica (a médica diz que daqui a uma semana, já está óptima), de volta à sua casa e às suas flores, está nas suas "sete quintas". Continua com a mesma garra de sempre e o seu humor inigualável.
A todas(os), um abraço sentido.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Yes, I can


Esta querida, vai ser operada amanhã, aos olhos. Teve um AVC, há cerca de dois anos, tendo ficado com paralisia num dos lados, do seu corpo. Mas como o seu lema, é idêntico a alguém muito poderoso no nosso planeta, lutou e recuperou prontamente, a fala, a visão e o movimento do seu corpo. Tem 80 anos, é a minha mãe e o seu lema é "eu consigo". Decidida como só ela, autónoma e independente é a matriarca da família e um exemplo para todos nós.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Cumplicidades e sorrisos


Aqui, pelo mundo blogosférico, existem coisas que dão que pensar, para sentir cumplicidades, ou simplesmente para sorrir. Também tenho noção que existem vidas inventadas, mas isso dá para outras reflexões.
Ontem dei de caras com um post, que tinha 260 comentários (agora já tem 280). Achei magnífico!
Um pouco mais tarde, a Pólo Norte, fez uma lista das prendas que gostaria de receber pelo trigésimo aniversário. E não é que os bloggers se juntaram e lhe fizeram a vontade? Daqui, seguem as chouriças de cebola!
Já para não falar da Maria, que tem um sonho que quer concretizar e em que eu acredito. Espero contribuir para a sua realização.
A todas as pessoas fantásticas que eu tenho conhecido, aqui (Tuquinha, Maria Teresa, Sofia, Dudu, Autora dos Sonhos, Leila, São, Anira e tantas outras), o meus sinceros agradecimentos por tornarem o meu mundo mais vasto e colorido.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Mulheres II


Mulher "workaholic"
O emprego é a vida dela, sendo tudo o resto secundário. Trabalha mais de doze horas por dia e se for necessário, sete dias por semana. A família e os amigos, estão sempre em segundo plano. É incapaz de gozar um mês de férias e quando tira alguns dias, nos dois primeiros, sente-se completamente perdida e liga para o emprego de hora a hora. Geralmente não casa e quando o faz, é com alguém idêntico a ela e a relação dura toda a vida, pois nunca se aborrecem, não têm tempo para isso. Raramente têm filhos.
Prós - Os colegas, podem sempre contar com ela.
Contras - Consideram-se imprescindíveis.

Mulher " tia-solteirona"
Quando era jovem tinha alguns pretendentes, mas sempre desdenhou de todos. As irmãs constituíram família, as amigas casaram e ela continua à espera do príncipe encantado que virá num cavalo branco e a arrebatará da vida sem cor que a domina. As amigas insistem em lhe apresentar os amigos solteiros ou divorciados, mas para ela todos têm defeitos - um é careca, outro é muito baixo, outro tem pronúncia transmontana - e chega a ser antipática nestes encontros.
Prós - Serve por vezes, de baby-sitter.
Contras - Lamenta-se constantemente da vida insossa que tem, mas não faz nada para a alterar.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Economia II


Existe a crise, pois existe. Os bens essenciais encareceram, pois encareceram. O IVA foi aumentado em 1%, pois foi. Cada vez há mais gente desempregada, não há dúvida. O meu ordenado diminuiu, pois diminuiu.
Este fim-de-semana, o meu querido A. devido à semana emotiva que tivemos, propôs que fossemos uns dias para um hotel à beira mar, para espairecer e mudar de ares.
Hotel esgotado, todos os dias, (só conseguimos alojamento, numa das suites) restaurante com fila de espera, a piscina com imensas famílias (avós, pais e netos), parque de estacionamento lotado.
E não, não eram só hóspedes estrangeiros. Muitos, muitos portugueses!

sábado, 10 de julho de 2010

Praia


Durante grande parte da minha vida, vivi junto à praia. Na minha infância e adolescência, a época balnear começava no dia 10 de Junho e terminava, com as marés vivas de Setembro. A escola só se iniciava em Outubro. O Verão era feito de longos dias na praia, mergulhos animados, bolas de berlim com creme, de tardes de cantoria acompanhadas à viola, de namoros arrebatadores, onde o mar e o sol estavam sempre presentes. Ficávamos todos muito morenos, não existia a preocupação dos raios UV, por vezes apanhávamos escaldões. Os pais não necessitavam de ir connosco, não existia insegurança; o grupo de amizades, mantinha-se ano após ano e conhecíamos os outros grupos que por ali paravam. Ao fim do dia a praia era nossa, o pôr-do-sol, esse, era mesmo de postal ilustrado.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Perdidos


Hoje estamos sem rumo, perdidos. Partiu o pai do meu querido A. Que esteja em paz, junto da mulher que sempre amou.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Calor


Adoro o calor. Também considero que às vezes, é um pouco demais, como nestes últimos dias. Mas nunca me ouvem dizer mal do calor. Se me derem a escolher entre as estações do ano, o Verão, é a minha preferida. Ler, à sombra das árvores, estender uma manta no relvado e fechar os olhos. Ao fim do dia, sabe bem dar um passeio pelas margens do rio Cávado ou então um banho de hidromassagem, refrescante, já que a praia está um pouco longe.
O sol aquece-me a alma, renova-me.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Adulescência


Não, não é erro, o termo escreve-se mesmo assim - com u. Li um artigo que fala sobre "adulescência". Dizem que foi criada a palavra, para designar a geração de 25-35 anos, cuja pós-adolescência parece prolongar-se indefinidamente. Dizem que "o fenómeno de infantilização de uma sociedade que se recusa a envelhecer não cessou de alastrar". Como se traduz na prática? Pois, os famosos Cupcakes, tão falados aqui na blogosfera, as bonecas japonesas Kimmidoll, os produtos da Hello Kitty, só para citar alguns, fazem parte integrante da vida destes adulescentes. Pois para eles o mundo é cute e gentil. Eu gosto de livros infantis, tenho uma pequena colecção, mas é mesmo, porque gosto de livros e de os ler aos pequenos que passam aqui por casa.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amor de tia II


Toda a gente sabe que a minha sobrinha R. é muito especial para mim. No entanto tenho mais sobrinhas com idades, entre um ano e os trinta anos, de idade; algumas biológicas, outras do coração. Neste momento tenho uma de dois anos, que veio "substituir" o levantar voo da R.
A Nônô está na fase da descoberta do mundo e das palavras. Nada mimada e muito pragmática, faz-nos rir, durante o dia todo, com as suas saídas, como só as crianças o sabem fazer. Paradoxalmente não existem meninos, será genético?

domingo, 4 de julho de 2010

Amizade III


O nosso padrinho possui um complexo, no Gerês, de turismo de montanha. É idílico e o som das águas do rio Gerês, a correr mesmo junto ao empreendimento, transmite uma calma que nos faz esquecer todas as maleitas, do dia-a-dia. A nossa querida G. estava mesmo a necessitar de uma pausa, na sua vida atribulada que inclui as crianças e o seu atelier; como tal oferecemos-lhe uma estadia, neste delicioso pedaço de paraíso, para que descanse e reponha as forças, ela que gosta muito mais de campo, do que de praia. Mais um miminho, para os que amamos.

sábado, 3 de julho de 2010

Gerês


E porque os dias têm sido um pouco atribulados, hoje vamos os dois até ao Gerês, visitar amigos, espraiar os olhos pelo verde sem fim e ouvir o som da água refrescante das cascatas, para que a alma fique lavada e se regenere, para a semana que se aproxima.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Amizade II


O meu conceito de amizade é assim mesmo: ter disponibilidade para os amigos.
Para quando eles precisam simplesmente de desabafar; para quando eles necessitam de um ombro amigo, para chorar as suas mágoas; para quando carecem de um tempinho para si próprios e nós podemos ficar-lhes com os filhos; para quando se vêem em apertos económicos e nós os podemos ajudar; ficarmos em silêncio, quando eles querem estar sós.
Tenho amizades que perduram desde os meus três anos de idade; tenho amigos que se foram, por opção própria; tenho amigos com quem posso contar, sempre.
Não tenho muitos amigos, mas os que permaneceram, são-o do fundo do coração.
Estou agora a descobrir uma nova forma de amizade, aqui na blogosfera; seres que leio todos os dias e que vou descobrindo aos poucos e que alguns, suspeito, poderão originar uma boa amizade.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Recordações


Nasceu entre a serra Algarvia e o Baixo Alentejo, mas muito pequeno rumou com os pais e restantes irmãos para perto de Mértola, onde passou a infância e uma parte da adolescência. Eram tempos difíceis e procurava-se trabalho onde ele existia. O pai tornou-se mineiro, nas minas de pirite exploradas por uma companhia inglesa, a mãe ficava em casa e cuidava dos sete filhos. A pouco e pouco os filhos foram partindo em busca de outro tipo de trabalho que ali, só se fossem mineiros, como o pai. Eduardo, rumou em direcção à grande cidade com apenas dezasseis anos e a terceira classe feita, como tantos outros, na década de cinquenta. Trabalhou duro, adaptou-se à cidade, estudou, casou, constituiu família, chegou a técnico de tele comunicações, viveu tempos melhores. Mas manteve sempre as características Alentejanas: saudoso, amante dos seus, nostálgico, pessimista e com um apreço sem fim pelo seu Alentejo. Morreu relativamente jovem e eu herdei algo, da sua maneira de ser e o amor pelo Alentejo. Era o meu pai.