quinta-feira, 1 de julho de 2010
Recordações
Nasceu entre a serra Algarvia e o Baixo Alentejo, mas muito pequeno rumou com os pais e restantes irmãos para perto de Mértola, onde passou a infância e uma parte da adolescência. Eram tempos difíceis e procurava-se trabalho onde ele existia. O pai tornou-se mineiro, nas minas de pirite exploradas por uma companhia inglesa, a mãe ficava em casa e cuidava dos sete filhos. A pouco e pouco os filhos foram partindo em busca de outro tipo de trabalho que ali, só se fossem mineiros, como o pai. Eduardo, rumou em direcção à grande cidade com apenas dezasseis anos e a terceira classe feita, como tantos outros, na década de cinquenta. Trabalhou duro, adaptou-se à cidade, estudou, casou, constituiu família, chegou a técnico de tele comunicações, viveu tempos melhores. Mas manteve sempre as características Alentejanas: saudoso, amante dos seus, nostálgico, pessimista e com um apreço sem fim pelo seu Alentejo. Morreu relativamente jovem e eu herdei algo, da sua maneira de ser e o amor pelo Alentejo. Era o meu pai.
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8 comentários:
Nao sei se é por estar menos jovem e ter tido pais que já partiram mas há pouco tempo, que fico comovida quando me deparo com textos como este, uma singela mas bonita homenagem ao seu pai.
Eu também escrevi sobre o meu:
http://www.beijinhosembrulhados.blogspot.com/2010/02/o-inverno-da-vida.html
Espreite,por favor, sei que vai gostar!
Abracinho
Que texto lindo.
E também eu adoro o Alentejo.
bj
Querida Maria Teresa, acabei agora mesmo, de ler o seu texto que me deixou tão emocionada! Um beijinho muito grande e cúmplice.
Querida Sofia, obrigada. Também tem uma costela alentejana?
Beijinho
Lindo...
Abracinho amiga. Senti emoção e saudades ....
Queridas Ni e Custódia , obrigada.
Beijinhos para as duas.
Texto muito belo e sentido...
A foto é da Mina de S.Domingos?
Bjokas
Ola, onde é que fica esta maravilha^? Gostava muito poder ir a este belíssimo sitio!
Obrigada, Ana
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