terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Quanto mais nos baixamos, mais se nos vê o rabo!

Querida Bia, querida amigas,

concordo mesmo convosco! Somos um povo de brandos costumes, já diziam no início do século XX, os nossos governantes de então!


Mesmo as manifestações da geração à rasca, dos mais jovens foram uma óptima iniciativa e supunham mais participação activa destes escalões etários que já tanto sofreram e vão ainda sofrer com estas medidas laborais, acabaram por não darem em nada e não terem continuidade.

Eu não sou apologista da violência, eu sou apologista do diálogo e da concertação, mas como diz a minha vetusta mãe, "quanto mais nos baixamos, mais se nos vê o rabo!"

Eu tenho um blog, eu estou descontente, eu escrevo sobre isso! É uma forma de manifestação, como outra qualquer.

Obrigada pelos vossos comentários!


30 comentários:

Anónimo disse...

Pensava-te 'purista' :)

Unknown disse...

E acho bem que o faças, tb é uma forma legítima de protesto. Tal como tu condeno a violência, e na maior das sinceridades ( apesar de saber que não concordas) julgo que nesta altura não serve de nada fazer manifestações. Olhar para a Grécia é comprovar isso. Manifestaram-se, destruiram edifícios, queimaram carros, e isso não os impediu de cairem cada vez mais no buraco. O mesmo acontece por cá e na verdade, no resto da Europa. Sei que pode parecer passividade, até porque sou das que ganha pouco mais de 600 €, e sinto cada vez mais dificuldades, mas não vejo as manifestações e a perda de dias de trabalho como algo que ajude o país a avançar, pelo menos nesta altura em que o mal já está feito.Agora paga o justo pelo pecador, e não vejo o que podemos fazer. Acho que sair à rua e manifestar-me não vai fazer com que o catroga deixe de ganhar 45.000 euros por mês, que o Mário Soares e o cavaco percam as suas reformas chorudas. Esta já não é a geração de Abril, que fez a revolução, e julgo que as pessoas que fazem parte dessa geração de luta não entendem que hoje o mundo é diferente. Apenas dizem que somos passivos e que não fazemos nada para mudar o estado das coisas. Eu acho que muito do que estamos a passar hoje deve-se também a muitos erros que se cometeram no passado, e da forma como certas classes políticas tomaram posse do país e das leis que criaram. A culpa não é da nossa passividade, nós é que estamos hoje a levar com muita falta de capacidade de governação de gerações anteriores, que se deixaram levar pelo deslumbramento e nos conduziram ao estado em que estamos. desculpa o testamento Manuela, mas é o que penso.

Rosa dos Ventos disse...

Mas felizmente que o teu blogue prima pela alegria, optimismo e esperança!
Afinal alguém tem que puxar por quem anda em baixo por diversas razões!
Eu não me baixo mas ando em baixo! :-((
Melhores dias virão!

Abraço

Anónimo disse...

Bom dia querida Turista :)

Eu estive ausente durante alguns dias da blogesfera e também já não tenho blog, mas quero dizer que vou continuar a visitar este teu cantinho :)

E fazes tu muito bem em expressar-te, a liberdade é o nosso maior bem :D

Beijito* enorme e obrigada pelo teu carinho :D

***

No Reino do Infinito disse...

Ora bem, nem mais Maneula, a liberdade existe e deve ser manifestada como um dever...nao só como um direito. Temo que temos muito mais negros se avizinhem, negros para quem trabalha, porque esta crise foi bem preparada e a receita dela só os governos a têm, mas quem a tem de cozinhar somos todos nós, os ingredientes somos nós que os damos, somos nós que vamos pagando sucessivamente erros e mais erros, facturas e mais despesas. Porquê? Porque andamos todos à espera que "alguém" se mexa para nós nos mexermos. O famoso "empurrar com a barriga" aqui nesta crise não está a ajudar em nada. Precisamos de um louco que nos faça mexer, precisamos de um "alguém" sério e com poder que nos faça sair da casca e destapar a cabeça! Porque como isto vai, não faltará muito para se trabalhar 7 dias por semana e férias? Que é isso?
Beijocas indignadas com a passividade e a permissividade de todos (e contra mim falo)!

Carla disse...

Resta-nos a esperança e o optimismo ;)

Dina disse...

Eu sou um pouco mais revolucionária... o país precisa da união de todas as classes laborais e ir para a rua, manifestar, parar a economia. Um Maio de 68. É verdade que a economia precisa é de ir para a frente, mas o que me irrita é que só o pobre é que trabalha mais, recebe menos e paga mais: porque os cães grandes vivem cada vez melhor!! Desculpa o desabafo :)

estrela disse...

se não reinvindicarmos não conseguimos nada e estamos a perder tudo o que os nossos antepassados conseguiram conquistar!
estou contigo Manuela!

Mary disse...

Olá Turista, gostei muito dos teus posts, concordo contigo em muitos aspectos e acho que os teus dasabafos são um pouco dos nossos também. Obrigada. Beijinhos e esperança!

Green disse...

E a tua mãe tem toda a razão. Sempre ouvi dizer isso, e é tão verdade. Inclusive uso muito essa expressão.

Isa disse...

Tens toda a razão!!!
Beijinhos

mfc disse...

Fui às duas manifestações dos Indignados no Porto... e irei a todas quantas surgirem!

S* disse...

Quanto mais deixarmos que façam, mais eles fazem, disso podemos ter a certeza. Continuamos conformados...

Flor de Jasmim disse...

Minha querida
Diálogo???
Com os nossos (des)governantes?
Não ele dizem podem e mandam e o povo está baixando as costas para eles malharem, eu sou das que tenho ido às manifestaçoes, à rasca dos indignados etc. etc. e dia 21 lá estarei eu e o meu "folha seca" que é patrão e nenhum empregado tem ido, mas como ele diz "cada qual sabe se si".

Beijinho e uma flor

Cláudia disse...

Eu sou totalmente avessa a sindicatos, acho que, em parte, muito do estado em que o país está se deve a inúmeras exigências sem fundamento dos mesmos, porque nem todos os direitos devem ser generalizados. Porque hoje em dia um trabalhador pouco dedicado tem exactamente os mesmos direitos que aquele que dá o coiro em horário de expediente. E essa velha máxima comunista de "igualdade sem equidade" tem que ser repensada e posta de parte.
Porém, sou pelo povo, aquele que exige muito mas está também disposto a fazer tudo o que está ao seu alcance para ajudar a melhorar.
Por esse mundo fora há, quase sempre, uma necessidade pessoal de demonstrar profissionalismo e dedicação à causa, em Portugal há, maioritariamente, uma constante tentativa de aproveitamento da situação. E isso não se verifica exclusivamente nas classes políticas, começa desde baixo. Porque há sempre alguém preparado para meter uma cunha para enfiar um parente num bom cargo na empresa, há sempre alguém que não vê grande mal em surripiar alguma coisa do economato à conta do patrão ou recorrer a uma baixa fraudulenta para ir de férias com a família.
É necessário criar nas consciências a necessidade de preservar valores de integridade. Só depois disso estaremos em condições de negociar de forma correcta e em igualdade de situações.

O meu pensamento viaja disse...

Força, Manelinha, desabafa!
Beijo

Anónimo disse...

Partilho da tua revolta e do choque!
É retirar-nos a dignidade do trabalho e torná-lo numa mera questão de sobrevivência, numa luta desigual de interesses, na qual estamos sempre em desvantagem...
Um país é feito de pessoas e as pessoas precisam de dignidade, de respeito, de orgulho!
Hoje, não me orgulho de Portugal...

Anónimo disse...

Olá,

pareces mais triste e preocupada que o costume, mas temos de pensar que para TODOS OS PORTUGUESES melhores dias TÊM DE VIR!!!!!!!

Bj
Fica bem

Graça Sampaio disse...

Brandos costumes, uma ova! Somos é preguiçosos e queremos é quem nos dê ordens que é mais fácil. Bando de camandulões! Muita conversa, muita conversa, mas pouca obra. E já agora que estou numa de disparatar, deixa-me dizer que os pprofessores só saíram para a rua aos milhares porque não queriam ser avaliados e porque os carregaram com mais trabalho...

De resto, deixem-nos andar, carneirada!

Desculpa, mas estou muito revoltada.

Beijinhos revoltosos...

Marta disse...

Tou quase quase a criar um blog sob politica! Querida turista, não ligo a televisão à dois dias, tenho andado um bocado a leste, que medidas vergonhosas é que eles tomaram desta vez?

Beijinhos

Fernanda disse...

Querida Manuela, também a minha mãe dizia o mesmo. É bem verdade! Mete-me muita confusão, tristeza e até raiva esta passividade dos jovens de hoje. Não sabem o que significa ter de lutar, muito, para se obter pequenas vitórias que deram origem àquilo que eles pensam ter sido conseguido pelos nossos lindos olhos e de mão beijada. Continuam adormecidos, à espera que daqui q meia dúzia de anos (c0omo hoje ouvi a um) lhes voltem a devolver aquilo que agora lhes e nos "roubam". Mas em que planeta vivem eles? Alguma vez, quem agora, sem pudor, lhes tira qualidade de vida e direitos adquiridos à custa de muito sangue, suor e lágrimas, irá, por vontade própria, voltar a dar-lhes direitos que pressupõem menos lucros para eles? Não acordem atempo que quando o fizrerem será tarde demais; teremos regredido décadas. Mas sabe Manuela, já não tenho pena! E também só não lamento as lutas que travei, e as reclamções que fiz, porque, apesar de tudo, por pouco tempo, enfim, cheguei a beneficiar delas. Lamento tê-lo feito para uma geração que, preguiçosamente, está a deixá-las morrer. Cabe-lhes a eles, quando acordarem, lutar pela vida e pelos seus direitos. Penso que enquanto viverem em casa dos pais, à custa deles e a frequentarem os lugares ad moda, dos quais não se privam, tudo estará bem. Mas a culpa é só nossa: quisemos dar aos nossos filhos aquilo que não tivemos e, estragámo-los.

Rita disse...

Eu tenho um separador que tem a imagem de azulejos :)

Unknown disse...

eu preciso é fugir daqui. é isso!

xoxo***

Ana disse...

quando penso que melhores dias poderão vir aparecem noticias destas que nos deitam abaixo e nos fazem perder a esperança de que isto vá a algum lado.
beijinhos

Lilá(s) disse...

Já a minha mãe o dizia também...
Bjs

Ba disse...

Faz bem desabafar, mas também é preciso mostrarmos o nosso desagrado. Querida Manuela, preciso da tua opinião no meu blog.

Unknown disse...

Manuela,
vi a resposta que me enviaste, e digo-te desde á que essa é uma das razões que me faz admirar-te:) Desde que ando pela blogosfera que nunca escondo as minhas opiniões e que respeito as dos outros. Nem sempre aconteceu respeitarem a minha, mas isso não faz com que deixe de dizer o que penso. Gosto de debater ideias, e sei que tu tb, por isso mesmo quando discordamos,ficamos bem na mesma:)
bj!

Sarah in Wonderland disse...

A minha avó usa essa expressão e é bem verdade.

Urban Cat disse...

Gosto muito de te ler querida Manuela e partilho a tua opinião em muito dos aspectos. Este não é excepção.

Verita disse...

Olá querida!
Pois aqui está um tema controverso. Concordo com alguns dos comentários, outros nem tanto.

Penso que os jovens mais fácilmente "fogem" para outro país para tentar a sua sorte (o meu caso) do que enfrentam uma luta que acham, à partida, estar em desvantagem!
Não sei se é assim ou não, se somos passivos ou não, o que sei é que não é o meu objectivo lutar por essa causa. Nesta fase acho que isso já não é solução. As coisas estão demasiado avançadas para tal. Ainda que possa ser considerada cobardia tal atitude, por outro lado os jovens deste país mostram muita coragem ao emigrar para um país estrangeiro onde, certamente, as coisas não serão fáceis e as dificuldades são mais que muitas!
São escolhas e formas de estar na vida e eu, como diplomata que sou, respeito qualquer uma das opções!

Beijinhos