quarta-feira, 13 de julho de 2011

A crise!


A propósito de um post da Marta, resolvi aqui delinear (mas isto é só a minha teoria) porque é que eu acho que os mais velhos encaram a crise económica de modo diferente, dos mais jovens.
Os mais velhos, já passaram pelo racionamento da alimentação nos anos 40 e 50 (perguntem aos vossos avós), em que cada pessoa só tinha direito a uma quantidade restrita de senhas para aquisição dos bens essenciais, no pós II Guerra Mundial, mesmo no nosso País que não tinha participado directamente nela!
Os mais velhos, recordam-se-se que em 1975, cada pessoa só podia comprar um pacote de leite e um pacote de açúcar, no supermercado, por dia!
Os mais velhos, lembram-se de nos anos 80, com a subida do preço do petróleo, todo o custo de vida encarecer subitamente e o desastre só não ter sido maior, porque ocorreu a adesão do nosso país à União Europeia (na altura CEE)!
Alguns dos mais velhos, lembram-se de viver em crise constante desde que nasceram até aos nossos dias (recordem só os episódios da série Conta-me como foi que era uma mostra muito fidedigna da realidade)!
Eu nunca me lembra de viver sem o espectro da crise económica, a amedrontar-me, a tolher-me a iniciativa, a querer controlar as minhas decisões!
Por isso o meu lema é Carpe Diem e continuará a ser!

Marta, obrigada pela inspiração!

27 comentários:

Não Matem a Cotovia disse...

Alguns dos mais novos também sempre viveram com o espectro da crise, Manuela. Basta pensarmos nas pessoas que nascem em extractos sociais mais baixos. Esses são sempre os grandes afectados. Os meus pais pertenciam à classe média baixa, portanto eu sei bem o que é passar dificuldades. O que me custa é ver que, apesar de (supostamente) evoluirmos, existem crianças que continuam a passar fome.
Parece que por muito que o tempo passe, Portugal não sai da cepa torta. Não devíamos, nem temos o direito de ambicionar um futuro diferente para nós e para os nossos descendentes, e alguém que nos tire de vez deste buraco?

oops!!! disse...

(Eu cá quero é continuar a gostar que todos vivamos bem: almoçar todos os dias no restaurante, viver em casa própria recheada de LCD`s e plasmas, ipads, ipods, televisão em cada quarto, telemóvel por cabeça, viatura idem e mais viagens para Seychelles e similares... e se encham pavilhões para ver Tonis carreras. Claro está que isto tudo e mais, mas sem endividar as famílias...)

;)

Naná disse...

Eu sou mais nova, mas cresci com os meus pais que passaram por tudo o que aqui descreveste. A minha mãe contava que a minha avó nos tempos da 2.ª guerra comprava sabão azul no mercado negro e que como tinham uma fazenda grande, tinham que entregar a produção de trigo, cevada e azeite para o esforço de guerra.
Lembro-me da minha mãe contar que a sorte dela nos tempos das taxas de juro elevadíssimas nos anos 80, foi ter algum dinheirinho investido...
Lembro-me da dificuldade dos meus pais em comprar casa...
Gostei do post!

Anónimo disse...

O meu pai chegou-me a contar que lá em casa havia uma sardinha para 3 pessoas e eles eram 9 mais os meus avós!... Hoje repensa-se em ter o segundo filho só porque não se pode dar qualidade de vida... E qualidade de vida é o quê?!? Como dia o oops é telemóveis e LCD's e televisões em cada divisão da casa?!?... Almoçar todos os dias fora só porque há preguiça ou falta de vontade de preparar uma marmita no dia anterior?!?...

Eu até acho que estamos muito bem!...

Beijinhos ;P

Sílvia disse...

Apesar de não o ter vivido, sei disso porque os meus pais falam. Mas acho que os mais jovens vêm a crise como um bicho de sete cabeças porque sempre fora habituados a ter tudo o que querem de mão beijada, acho que me entendes.
Não sou rica, os meus pais não são ricos, e sempre me ensinaram a poupar e a comprar apenas aquilo que posso pagar. Nunca me faltou nada, mas também nunca tudo o que queria, ainda hoje se quero muito uma coisa poupo ao máximo para a conseguir ter. E agora com a tão falada crise, o ponto chave é ter apenas o essencial e não nos deixarmos vencer por ela :)

beijinhos*

Evanir disse...

Não posso
fazer crescer
um amor,
Como a força dos
ventos que
transmitem músicas
em danças de folhas
soltas,mais de mim,
uma gota que alimenta
esse clamor que ouço em
teu espirito.Sou feliz,
sou mulher que rensce
em cada gesto que
me toca, de um
limite que só existe
na distância
de uma dúvida
inexistente.
(j C Cavalcante)
Receba minha mensagem com muito carinho,
beijos no coração,,Evanir..

Dina disse...

Concordo! A geração mais velha está melhor preparada para enfrentar restrições, porque foi criada com elas! Os mais novos (falando na generalidade) nunca conheceram a fome e trabalho árduo. A verdade é que temos todos os mimos. Agora, para muitos, abrir mãos de certos luxos é uma dor de cabeça enorme!!

estrela disse...

Eu lembro-me de ir ainda de madrugada para a fila do leite com a minha mãe e olha que eu devia de ter uns 3 ou 4 aninhos, era uma maneira de a minha mãe trazer mais 1 litro porque era por pessoa....

luisa disse...

Haja esperança...:)

Green disse...

Tens razão sim, nós estamos sempre a queixar-nos e a dizer que está mal, mas já foi bem pior.

mfc disse...

Oh c'os diabos...eu sou dos mais velhos.,... chiça!!!

Anónimo disse...

Não poderia concordar mais, Manuela.
Carpe Diem!:))
beijinhos

Nokas disse...

Totalmente de acordo!! Os mais novos ainda não sabem o que é a crise...

Ana disse...

O meu lema de vida é o mesmo, não nasci rica e também já passei muitas dificuldades, a vida ainda continua a ser dificil, não podemos pensar só nisso.
beijinhos

Crenteoptimista disse...

Minha querida gémea: só bons conselhos, como sempre :) Andei ausente a refazer-me. Até eu às vezes me retiro para balanço... ;) Beijos

Julie D´aiglemont disse...

Se exceptuar a década de 90, eu também não me lembro de viver sem o espectro da crise.

Te disse...

Olá Manuela!

Ainda bem que fizes-te uma visita lá no meu laboratório e ainda bem que gostas-te. Fico muito contente. Volta sempre que eu vou amar ter-te por lá.

Eu andarei sempre por aqui a espreitar também.

Beijinho.

paLs.aRe.fuN disse...

Manelinha minha kerida,
Eu tb, sp cresci com esse espirito de k se tem k poupar, k a vida está mt cara e dificil... e no entanto sou 1 catraia ainda... praticamente uma adolescente...
:)

infelizmente eu acho k 'esta gente' estava/está mt mal habituada.
((E n me caiam agr em cima por eu escrever isto....per favoriiiii.))
:)
Bjinhuzzzzzzz

Manu World disse...

Manelinha,
desculpa, já vi k aprovaste o meu comment...sim, eu sou a Wildy tb...ehehehhe
cum caraçazzzzzzzzzzz, esta miúda n pára kieta...ehehehe
***************
beijuzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Sofia disse...

Tens tanta razão...
Bjs ( ainda são grátis;)

Malena disse...

Criámos hábitos de consumo excessivos e depois sentimos muito mais a crise. Mas concordo! Os mais novos são-lhe mais sensíveis porque também foram sempre mais protegidos. Mesmo a pobreza já não é do mesmo tipo!
:)**

Nadine Pinto | Fotografia disse...

Nem mais. Eu também segui essa série e pude tomar consciência de que nada disto é novo.

Anónimo disse...

concordo plenamente contigo! adorei o blogue ♥

http://be-afterdreams.blogspot.com/

Turista disse...

Minhas amigas e meu amigo, agradeço a todos os vossos comentários e testemunhos. A imagem que escolhi para este post, ilustra bem, como nos sentimos em relação à crise económica, actual: ao rubro, com um um céu tempestuoso sobre as nossas cabeças, sendo que o guarda-chuva frágil, aberto, simboliza a nossa tentativa vã de nos protegermos... como sempre! O vestido cai-cai de Verão, simboliza o nosso carpe diem, apesar de todas as ameaças eminentes!
Helena, tens toda a razão: "temos o direito de ambicionar um futuro diferente para nós e para os nossos descendentes, e alguém que nos tire de vez deste buraco"!

Beijinhos e os meus agradecimentos, para os melhores comentadores do mundo!

MAG disse...

Concordo plenamente contigo. Eu nasci e cresci, no início dos 80’s, com muito menos do que tenho hoje e lembro-me de nos primeiros anos de ser bem mais feliz do que sou hoje. Há muito medo no ar, mas por enquanto há que viver a vida, regradamente é certo, mas sem o medo ilógico de que tudo vá desabar. Tudo se ultrapassa e a crise não traz nada de novo. É aproveitar para aprender;)
Bjs

Marta disse...

concordo claramente consigo :)

Turista disse...

Queridas Mag, obrigada pelo teu testemunho na primeira pessoa.

Marta, "contigo"... é "contigo"! ;)

Beijinhos, minhas queridas.