quarta-feira, 25 de abril de 2012

Vislumbres de mim...

(fotografia retirada da net)


Gostei muito deste texto da CoriscaRuim, sobre o 25 de Abril! Sempre!
Para os mais novos, atentem nas palavras dela! Para os mais velhos, nós sabemos que tudo aquilo que ela escreve, era verdade!

17 comentários:

Custódia C. disse...

Muito mudou e nem tudo foi para melhor.
Mas há um valor que é fundamental: a liberdade! É essa que hoje nos permite escrever como a Corisca!

Green disse...

Concordo.

Urban Cat disse...

Hoje, estou a usufruir da minha liberdade. Não há deveres nem compromissos, há apenas tempo para fazer o que me apetece ;)
Bom feriado.

Sofia disse...

Um beijinho grande, grande...como este dia.

CoriscaRuim disse...

Se eu escrevesse assim, antes do 25 de abril, era mulher para já ter levado uma tareia daqui ao Japão e de passar o resto da vida a ver o sol a nascer aos quadradinhos...
Mas era mulher mesmo!

Contudo, confesso que tenho vergonha daquilo em que a minha geração se tornou: os meus marretas são fruto dela. Não da parte da minha geração que se desunha a trabalhar e que se duplica ou triplica em trabalhos diferentes e que desconta como burros...
Mas sim da geração que se habituou à musiquinha ritmada do "quem não chora, não mama" e que foi chorando e mamando cada vez mais, às nossas custas. Estes meus marretas têm pais mais novos do que eu um ano ou dois (eu vou para os 35 este ano), que não fazem um corno (coçar a micose e o tomate não conta como profissão), que recebem como reis, que têm casas que não pagam, que põem filhos ao mundo como quem muda de camisa, que reclamam por tudo, que exigem do nada e que ainda dizem, à boca cheia: "ela que te pague as senhas que ganha para isso!"...

...E pronto...
...Estes sacas de aparas, com bom lombo para trabalhar, envergonham-me!
...Cambada de chuletas (como se diz na minha terra) que precisavam de seis meses sem dinheiro e sem nada, a descontar como qualquer mortal!
...Mais do que isto, envergonha-me ver muitas pessoas que viveram as amarguras da ditadura, passarem pelas amarguras da anarquia e do parasitismo social. Que estes jogam com a vida ao escolher medicamentos (porque as reformas são uma bosta e não se multiplicam)e ao comer frugalmente, quando toda a vida descontaram e trabalharam de sol a sol...

...Portugal envergonha-me...
...Precisamos de fazer alguma coisa antes que eu deixe de amar o meu país...
Tenho dito!

(e pronto, aqui sai mais um post corisco-político)

Fernanda disse...

Querida Manuela, também passei pelo cantinho da Corisca e comentei. Li agora o que ela escreveu aqui e, também eu me envergonho daquilo em que este país se está a transformar. Se a Corisca se sente assim, com a idade que tem e já nasceu depois de Abril, imagine eu que o vivi,que participei em toda aquela euforia de liberdade e de direitos que agora, aos poucos nos vão roubando. Contudo, tal como ela diz, os parasitas, incolumes, pavoneiam-se, reclamando direitos que não têm e, quem deveria transformar enobrecer este país, está muito mais preocupado em sonegar direitos a quem trabalha, em manter os seus próprios privilégios e fazer de tudo para não perder votos nem que seja à custa do erário público. A Corisca tem razão: é necessário agir antes que seja tarde de mais!

Mery disse...

Não deixem de lutar SEMPRE!
VIVA PORTUGAL!

Força que Deus abençoe essa terra amada* * *
Beijinhos, fica co Deus
Mery*

Myself disse...

Já passei lá, e concordo com ela. Precisavamos era mesmo de outra revolução!!! Bjinhos

O meu pensamento viaja disse...

Manelinha, grande texto!!! Sem saudosismo, mas também sem demagogia!

Quanto à tua pergunta, por acaso tenho sido pressionada e já vendi umas coisinhas... às amigas insistentes.
Vendi almofadas (várias), consultando o preço da Zara Home para não haver discrepâncias. Vamos ver...
Obrigada pelo carinho.
beijo

Tite disse...

Gostei muito do texto. Mais uma professora que se sente frustrada mas que só deve fazer o seu papel o mais perfeito possível pois, os seus alunos, mais tarde a lembrarão se lá tiver ficado as sementes que ela agora espalhou.

25 de Abril Sempre! com respeito pelo próximo

Anónimo disse...

Eu ainda rezei o Pai Nosso todos os dias de manhã na escola, mas já lá cheguei depois do 25 de Abril, safei-me às reguadas e às orelhas de burro :) mas sabia que os professores eram para respeitar acima de tudo, se o professor pedisse para falar com os meus pais eu estava em muito maus lençois! Tenho pena que toda a mística tão nossa em volta do 25 de Abril se esteja a perder... a revolução mais poética do mundo, com flores em vez de tiros :) lamentável como em 3 gerações se passou da repressão ao deixa andar...

Anónimo disse...

Eu também gostei muito do texto. E era mesmo assim. Infelizmente passamos do 80 para o oito, mesmo.
Não existiu ou existe meio termo.

Bom feriado ! querida Turista.

Anónimo disse...

Eu consigo sempre aquilo que pretendo ter ;D

S* disse...

Um dia de louvar. :)

CoriscaRuim disse...

Juro que gostava de ter recebido estes elogios todos, sobre um texto meu, se o assunto fosse muito mais feliz...
Mas como não é um assunto feliz, só posso constatar que a insatisfação é geral.

Liberdade, sempre!
Leviandade, nem por isso!
Chulice, nem pensar!

Ana disse...

Tia Manela, tenho medo que nos tirem tudo aquilo que custou tanto a ser conquistado. Embora ainda nos possamos exprimir à vontade, a verdade é que já não temos a liberdade para tantas coisas a que temos direito. Sinto que todos os dias perdemos mais um bocadinho.
25 de Abril, sempre!

Marta disse...

gosti muito do texto! de facto passamos do 80 para o 8 demasiado rápido. foi a euforia da liberdade e aos poucos e poucos chegámos onde chegámos. não são só os de hoje que tem culpa, são todos e as pessoas tem memória curta para pensar assim. beijinhos