"A maior parte das crianças entre os 6 e os 13 anos vai para a escola com excesso de peso na mochila. É o que revela um estudo da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa. Segundo este estudo, sete em cada dez crianças suportam uma carga acima de 12% do seu peso corporal. Quem transporta mais peso são os alunos do 5º ano, que podem estar a carregar mais de 4 quilos diariamente. Ainda de acordo com o mesmo estudo, que se baseou numa amosta de 630 alunos do 1º e 2º ciclo de uma escola de Lisboa, apenas 13% dos alunos opta por mochilas com rodinhas."
Um dos motivos, porque raramente mandava TPCs, para os meus alunos, era este mesmo! Se cada disciplina tem um manual, um caderno diário e um caderno de actividades, imaginem o peso...
Os outros motivos para evitar enviar TPCs, prendiam-se com a falta de tempo que as crianças e os jovens, têm fora da escola e também porque, quando os TPCs, não eram feitos e/ou corrigidos pelos pais, eram copiados no intervalo anterior à minha aula e apareciam todinhos iguais! Logo, falhavam todos os seus objectivos.
26 comentários:
É mesmo Manuela, a minha filha leva sempre montes de tpc's (2º ano), chegar a casa e não chegar são 18h30tomar banho, jantar e ainda ter que fazer os trabalhos, coitadinha, há alturas em que se percebe mesmo que ela já nem se consegue concentrar! Acho demais! E o peso das mochilas, disseste tudo, muitos tpc's implicam a maior parte das vezes levar os livros para casa, aquilo pesa horrores! Enfim, um dos assuntos que vou falar na próxima reunião...
Beijinhos
É ridículo o peso que miúdos pequenos tem de suportar às costas.
Não sei qual a solução mas que não está bem, não está.
bj
Concordo com a Niki eu nao tenho filhos mas lembro-me bem das dores que sentia nas costas por causa da porcaria das mochilas e da quantidade de livros k tinhamos d usar!
É realmente um exageromas, por vezes levam mais do que o necessário e tenho alunos que se não levarem ptc não pegam nos livros! assim é uma maneira de os fazer estudar...
Bjs
Desculpem lá se vou dizer coisas com as quais não concordam. Em quarenta e tantos anos de lecionação da Português e de Inglês, nunca me abstive de mandar trabalhos para casa, mesmo de há uns anos para cá quando o plano de estudos dos alunos se tornou mais extenso. Escolhia as aulas espaçadas para mandar os TPC para os miúdos terem tempo de os fazer sem criarem ansiedade neles e muito menos nos pais. Se a aula era de um dia para o outro, não mandava ou então mandava um pequeníssimo exercício e isto era norma, entre outras, que combinava com eles logo no início do ano letivo. Nunca tive pais a queixarem-se de muito trabalho nas minhas disciplinas.
Quanto ao peso das mochilas, sei que é algo exagerado, mas também tive alunos - e muitos - que traziam tudo dentro das mochilas independentemente de terem ou não a disciplina no dia. Por outro lado, também se pode combinar com os miúdos que livro trazer ou não trazer para a aula seguinte. Eu fazia-o e não me custava nada. Mas para isso é preciso planificar mesmo as aulas todas!
e o pânico que era quando faltava algum livro ... puf
Faz-me confusão o peso que as mochilas dos jovens têm. Tenho várias escolas próximo de minha casa e é ver os pequenitos a irem para as aulas como se fossem passar um mês fora de casa. Provavelmente ajudaria se as escolas tivessem cacifos que os alunos pudessem utilizar e, assim, levarem menos peso nas mochilas para casa (perdoem-me se estiver a dizer alguma coisa de errado mas, pelo menos nas várias escolas por que passei, nunca houve por lá cacifos).
E quanto à quantidade de TPCs que são passados é melhor nem falar. Tudo bem que os alunos têm de estudar e por aí fora mas também precisam de descansar, de estar com os pais e resto da família e serem aquilo que são: apenas crianças.
Só agora que entrei para a faculdade é que deixei de andar com a mala com pesos insuportáveis! Porque agora os livros ficam em casa, não fazem falta nas aulas, os professores recorrem sempre aos powerpoints. Mas as maleitas ficaram lá: dores nas costas, dores nos ombros, uma leve escoliose...e não há ninguém no sector do ensino que organize projectos de mudança deste drama? Porque é mesmo um drama, sujeitar crianças, com a estrutura óssea toda em crescimento, a pesos tão grandes e que podem provocar danos irreversíveis!
Totalmente de acordo. As nossas crianças carregam demasiado peso nas suas mochilas.
Obrigada pela visita.:)
Manelinha, o problema do peso excessivo das mochilas é, definitivamente, lesivo para as crianças.
Quanto aos TPC, as opiniões divergem.
O que não diverge é a minha opinião coincidente com a tua relativamente à interação na blogosfera.
Obrigada pela dica, amiga.
Beijo
Manuela
Um dos meus netos anda no 4º ano, leva só o que necessita e é um peso enorme, ele usou a mochila com rodinhas até ao 3º ano, este ano não quis talvez por os colegas não usarem.
Eu quando andei na escola para além dos livros ainda usava uma pedra que pesava bem onde se escrevia com um ponteiro e tive uma mala de madeira que serviu para os imãos todos.
Beijinho
estou para ver é o impacto que isto vai ter na saúde da coluna destas crianças quando chegarem a adultos...
beijinhos
O meu pequenino( 2ºano) deixa a maioria dos livros na escola. Já o outro...carrega uma mochila bem pesada (e o teimoso não quer deixar nada em casa :).
Beijos
Sem dúvida! Já o Eduardo Sá, o meu querido professor, que tanto me ensinou... dizia que há muitos motivos para não mandar tpcs!
Manuela, só podias mesmo ser uma professora muito "cool". LOL
Eu tinha carradas de TPC's!
Concordo contigo, hoje em dia é verdadeiramente um abuso o peso que as crianças transportam na mochila..
É verdade... tenho um priminho e o meu afilhado nessas idades (2º ciclo) e acho um horror o peso das mochilas.
Quanto aos tpc's... no caso deles têm bastante tempo são é um bocado desleixados e não querem saber. Tempo para a tv e jogos há sempre... Quando posso 'ajudo-os' a fazer mas fico 'passada' com o desprendimento deles. Se calhar na idade deles eu era igual mas custa-me ver a falta de cuidado, fazerem as coisas todas riscadas, sem lerem com atenção, sem interpretar, etc. A mãe de um deles é professora e fica 'possuída' com os ralhetes que ele leva na escola. E engraçado, connosco ele é super mimoso, mas depois na escola arma-se em engraçado... 'ai a bida'...
Ai quando chegar a idade de miha filha ter estas coisas... vai ser lindo ihihihih
Beijinhos e bom fim de semana!!!
Tenho 6 netos e claro que estranho essa situação. Pergunto-me se será mesmo necessário transportarem essa carga diariamente. Será que um cacifro na escola não poderia evitar em parte esta carga ?
Não vejo os meus netos a utilizar diariamente todos os livros e cadernos que transportam.
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Olá Manuela os meus por acaso não têm muitos TPC's mas que a mochila anda demasiado pesada isso é uma realidade, não sei porquê que existem cacifos nas escolas para os mais velhos e os livros não podem lá ficar? a pequena não tem cacifo mas o mais velho tem...
outra das coisas que não concordo são as viagens na Pascoa com os miudos do 9º ano porquê ir para fora de Portugal???? e por tantos dias??? uma semana fora...não concordo acho que ainda são muito novos...
pronto tenho dito de minha justiça...
bjs e um bom fim de semana!
Manuela a realidade é que faltam estruturas que apoiem as crianças nas escolas, nomeadamente cacifos ou algo do género, pois eram de uma extrema ajuda! Quanto às mochilas de rodinhas, soube pelo meu neurocirurgião que fazem tanto mal à coluna como as que andam às costas por causa da forma como se puxam, prejudica imenso a estabilidade e a correcta postura da coluna, eu que o diga!
E quanto aos famosos TPC, tenho sempre a noção, se calhar errada, que as crianças aprendem melhor fazendo, existem professores, como a Manuela, que os fazem na sala de aula. Acho de louvar que se criem outros métodos de trabalho porque são crianças, tem de ter tempo livre para o serem e o viverem.
Também concordo com alguns comentários, a Manuela deve ter sido uma professora fantástica, aliás, acho que sempre o será!
Beijocas nossas ;)
Quanto ao peso das malas, totalmente de acordo. E ainda mais! A minha filha anda no 6ºano e já o ano passado, nos dias em que tinha Educação Física, tinha também Educação Visual. Era uma confusão de sacos, mochilas, pastas.E este ano continua.
Os tpc, quando as professoras não os marcam, chega a casa e preparo eu uma ficha para ela fazer. Como costumo dizer sou a "madrasta dos trabalhos de casa" ehehehehe
Eu acho que é mais simples fazer exercício na escola, por várias razões.
1 - Têm mesmo de fazer, não inventam desculpas.
2 - São eles que fazem, não copiam.
3 - Esforçam-se, não pedem ajuda aos pais.
E, claro, evitam andar tão carregados.
Tento ter atenção com o peso que a minha filha leva na mochila. Resolvi optar por cadernos para aliviar a pressão e assim, por dia ela leva 2 a 3 livros e os respectivos cadernos. No ano passado, percebemos que o dossier ficava muito pesado pois tinha as folhas de todas as disciplinas.
Quanto aos tpc´s, a B. faz sempre na escola e para casa só vem à sexta-feira para fazer ao fim-de-semana.
Acho que foste uma excelente professora querida Manuela.
é um abuso!
beijinhos
Pois, acho que tinhas uma boa atitude, realmente assim poupa-se no peso da mochila, e não copiam.
Minhas amigas e meus amigos, as escolas públicas têm cacifos que são pagos pelos alunos, ao ano. Geralmente como não são suficientes para todos os alunos e/ou até para dividir os custos, são partilhados por dois alunos.
Os TPCs, no meu modesto entender, eram necessários quando os alunos tinham aulas só uma parte do dia: manhã ou tarde, como na época em que fui aluna. A partir da reestruturação que implicou um aumento do nº de horas ma escola sejam com as AECs (1º ciclo), seja nos restantes ciclos e secundário, deixaram de ter muitos do seus objectivos.
A função de qualquer aluno, é o estudo. E o estudo é o seu trabalho diário, tal como o do padeiro é fazer pão, ou do médico é tratar da saúde dos seus pacientes.
Desde que existam métodos e hábitos de trabalho , não vão ser os TPCs que irão contribuir grandemente, para a sua formação e aprendizagem.
Beijinhos e bom fim de semana, minhas queridas e meus queridos.
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